Os medos e a terapia floral

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Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque este não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas
.
(Carlos Drummond de Andrade, “Congresso Internacional do Medo”, em Sentimento do Mundo, 1940.)

Dr. Bach, que viveu entre a primeira e segunda guerra mundial, quando criou os Florais de Bach, na Inglaterra, sob a névoa de epidemias e crises, sabia o quanto o medo e seus algozes podem afetar severamente o desenvolvimento e o bem-estar do ser humano.Desse modo, no seu Sistema – os Florais de Bach – encontramos Essências Florais que nos ajudam a transformar a energia densa do medo em força luminosa de coragem, confiança, vida, amor, liberdade.
Depois das 38 Flores de Bach muitos outros Sistemas, criados em diversos cantos do Planeta, sintonizaram essências florais que cuidam daqueles que enfrentam medos ou estão subjugados por sensações crônicas de pânico ou insegurança.
Assim a Terapia Floral, fundada em uma ciência viva da Natureza, pode cuidar da pessoa cuja energia vital está constrita pela frequência irregular do medo, ajudando-a a resgatar a coragem necessária para superar os desafios da existência, o que gera, por conseguinte, o alívio a esses estados ansiosos e perturbadores.
Em palavras simples, sabemos que indivíduos medrosos deixam de utilizar a energia que lhes é disponível e, portanto, tornam-se fracos e suscetíveis ao adoecer. Ademais, as consequências do medo no nível físico são diversas, pois nutridas por um estado mental de inquietude e nervosismo contínuos. O medo constante poderá, amiúde, enfraquecer as glândulas suprarrenais e diminuir a quantidade de oxigênio no corpo.
No sistema chinês, por exemplo, é reconhecido que o medo afeta os rins – e estes por sua vez estão ligados à vesícula… Outrossim, muitas pessoas poderão ter problemas de estômago ou úlceras devido a grande acidez dos sucos gástricos…
É fato. Ninguém consegue passar pelo Planeta na ausência total do medo.
O medo, evidentemente, é uma emoção básica para nos informar o limite e a hora de agir. É uma energia que nos orienta durante nossa jornada aqui na Terra. Sem o medo ficamos paralisados e, com muito medo, também paramos. Entramos em pânico e não conseguimos mais acessar a razão. Chögyam Trungpa, no livro A Trilha do Guerreiro descreve o medo como uma chance à coragem: “Reconhecer o medo não é motivo para depressão ou desânimo. Porque temos medo, temos também potencialmente o direito de experimentar o destemor. O verdadeiro destemor não consiste em diminuir o medo, mas em ultrapassá-lo”.
Logo, é possível viver e realizar-se apesar dos medos – o grande estímulo da coragem…
Assim, faço um convite: enfrente seus medos. Para isso, você pode experimentar meditar, pode treinar respirar devagar.
No caso de medos renitentes, conhecidos ou desconhecidos, busque apoio nas essências florais: procure um terapeuta floral em sua cidade para iniciar um cuidado integral e que aspira à superação gradativa de seus medos e temores profundos.
Com algumas das Flores de Bach, por exemplo: a Rock Rose traz coragem para a superação de nossos medos, assim como a Mimulus ajuda a superação dos medos mundanos, da doença, da timidez, do infortúnio, os temores cotidianos, os medos conhecidos – medo do escuro, medo de aranhas, medo da pobreza, medo de cachorro, medo de ficar sozinho (“medo de ser você mesmo”)…
Sem dúvida, de forma simples e gradativa você passará a confiar em seu espírito, dará validade aos comandos do coração e considerará de forma profunda e singela que “a única coisa de que precisamos ter medo é de nós mesmos” (Roosevelt)…
Para finalizar, lembre-se da história de Naamã, o grande general do exército do rei da Síria, que postergava a cura de sua doença no lugar de seguir o conselho do profeta – banhar-se sete vezes no rio – porque aquilo lhe parecia simples demais! Eis uma boa hora para recordar a lição que esta narrativa nos transmite: a importância de simplesmente confiar no poder de uma terapia fundada em uma ciência viva da Natureza.

*Mimulus – foto Ruth Toledo Altschuler

**A Mimulus (uma das Flores de Bach) promove força e aclara o propósito do Eu Superior e, por isso, devolve a luz da coragem e a confiança para viver os desafios da vida.

Saudações e carinhos!
Eugênia Pickina

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